quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pesquisa revela que déficit habitacional em Minas diminui

O Sudeste foi a região que concentrou o maior déficit habitacional no país no ano de 2006, sendo responsável por 37,0%. Em Minas Gerais o déficit habitacional é de 721 mil domicílios e na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) 173 mil. Apesar do crescimento do número absoluto, Minas contabilizou uma redução do índice de 13,4% para 12,6%, entre 2000 e 2006. Os dados são da pesquisa “Déficit Habitacional 2006”, realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), por meio do Centro de Estatística e Informações (CEI), em parceria com o Ministério das Cidades, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e divulgada nesta quarta-feira (15).

A coordenadora da pesquisa do CEI/FJP, Maria Bernadette Araújo, disse ser este o quinto estudo de uma série com o objetivo de calcular e atualizar o déficit habitacional e a inadequação dos domicílios para o Brasil, unidades da Federação e regiões metropolitanas selecionadas. A base de dados utilizada é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisadora, entende-se como déficit habitacional a necessidade imediata de construção de novas moradias como forma de resolver problemas sociais e específicos de habitação, detectados em certo ponto no tempo.

Em todo o Brasil o estudo apontou um déficit habitacional de 16,1% para 14,5% entre 2000 e 2006. Em termos absolutos, faltavam 7,22 milhões de moradias, em 2000.

Considerando os números relativos e absolutos apresentados no trabalho, a coordenadora ressaltou que “a pesquisa analisa apenas a trajetória dos números que mostram tendência de queda em números relativos, apesar do acréscimo em números absolutos.

Até o ano 2000, a maior parcela do déficit habitacional do país se concentrava na região Nordeste com 39,5%, contra 32,4% na região Sudeste. A partir de 2005 essa relação se inverte, e em 2006 a região Sudeste passa a ser responsável por 37,0% do total e a Nordeste por 33,8%.

No Sudeste, o déficit habitacional é urbano e representa 96,0% das demandas habitacionais. No Nordeste grande parcela das carências se encontram nas áreas rurais, com 36,0%. Em Minas Gerais, nas áreas urbanas, 3,3% do déficit são de habitações precárias, 34,8% de ônus excessivo com aluguel e 61,9% de coabitação familiar.

Outro fator que contribui para o déficit foi o ônus excessivo com o aluguel que vem crescendo, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Já as habitações precárias são relevantes apenas nas regiões Norte e Nordeste.

O estudo detectou que, em 2006, haviam 4,82 milhões de domicílios vagos, sendo imóveis em condições de ocupação ou em construção, em todo o Brasil. Em Minas Gerais, eram 538 mil unidades, sendo 147 mil na RMBH.

Agência Minas

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